19 de jan. de 2014

UM CORREDORZINHO, UM VIOLÃO

Texto de Pedro Fontana / SIZU

Um corredorzinho, um violão

Eis a primeira que vem
Vem com moda de viola vem
Vem com nota que enrola vem
Nota na certa que vem

Chacoalha Juquinha, filho da Joana, primo da Maria, irmão da Cotinha. Larga minha mão Juquinha. Eu precisoir ali na rampa que esqueci minha calcinha... Quero dizer...Cueca... Que também não é minha... Mas ficou sendo! Pronto! Da próxima eu levo a minha de rendinha!

Foi difícil. “Toca aquela!” – “Não sei” – “Mas vem de violão pra que então?” – “Pra tocar Uirapuru” – “Muito desanimada! Você não toca aquela?” – “Não toco, mas agora vou tocar”. (Saem as mesmas e desafinadas notas do Uirapuru).

Senhoras e senhores. O número mais fantástico de todos os tempos jamais visto em todo o repertório já criado por palhaços neste Hospital das Clínicas da América Latina do Sul. Algo que deixarão vocês de queixo caído, boca aberta e sorriso garantido... Eu irei tocar meu violão com um frango de borracha!! (Som do frango de borracha)...
Essa é a parte que vocês fazem “Ooohhh!”. (Corredor em coro: Ooohhh)
(Gostaríamos de interromper essa brincadeira que por motivos diversos o palhaço é interrompido e não consegue terminar seu número)

Jogo, joga, jogo, joga. Escuta, escuta, escuta, escuta. Jogo, joga, jogo, joga. Observa, observa, observa, observa. Ação, reação, ação, reação.

Bicicleta
Violão
Suor
Chuva de verão

O que sobrou de tudo isso? Que se fosse pelo Juquinha, lá no setor de oftalmologia, eu estaria até agora chacoalhando a mão dele num comprimento eterno entre o palhaço e a criança. Mais vale uma criança dando a mão do que três palhaços voando.
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